Diálogos gravados pela PF com autorização da Justiça, aos quais o site de VEJA teve acesso, sugerem que o próprio Ministério do Turismo determinou a contratação da empresa pelo Ibrasi. É o que diz Maria Helena Necchi, diretora da ONG, em conversa telefônica interceptada e que faz parte do relatório dos investigadores: “A Conectur foi contratada quando a gente chegou aí porque era orientação do Ministério, tinha que ser uma empresa que estava aí”.
A Conectur já tinha assinado um outro convênio com o Ministério do Turismo, no valor de 2,5 milhões de reais. O que mostraram os depoimentos colhidos pela PF é que esse dinheiro seria desviado, beneficiando o presidente da Conectur, Wladimir Furtado e, principalmente, a deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP).
Em seu depoimento, a sócia da Conectur Luana Barbosa da Silva disse ter ouvido de Furtado que ele ficaria com 10% dos 2,5 milhões de reais e que a deputada ficaria com a maior parte do dinheiro.
Errolflyn de Souza Paixão, vice-presidente da Conectur, afirmou, também em seu depoimento, ter ouvido de Furtado que o dinheiro só entraria na Conectur e logo sairia para Fátima Pelaes.
Outro lado - Fátima Pelaes divulgou nota oficial nesta quinta. Ela diz repudiar toda e qualquer indicação do seu nome com recebimento de recursos de empresas ou instituições ou qualquer esquema fraudulento. Ela afirma que as declarações são caluniosas e que irá tomar as medidas cabíveis. “Meus sigilos bancário, fiscal e telefônico estão à disposição”, diz. A parlamentar também é autora da emenda de 4 milhões de reais que liberou verbas públicas para o Ibrasi.
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