O novo partido criado por Gilberto Kassab, o Partido Social Democrático (PSD), só não é mais rico que o PMDB. Integrantes da nova bancada acumulam quase 20% (vinte por cento) de todo o patrimônio declarado por todos os 667 congressistas da atual legislatura.
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Veja que declaração ilária deu o líder do PSD, Guilherme Campos: "Não temos perfil conservador. Somos de centro". É que em março quando foi anunciado por seu criador, Gilberto Kassab, disse ele tratar-se de um partido que não é de direita, nem de esquerda, nem de centro.
Na realidade o partido nasce no Congresso na condição de legenda de ricos e empresários, sendo a maioria deles ruralistas. A soma dos bens declarados à Justiça eleitoral pelos congressistas do PSD também faz dele o segundo partido mais rico do Parlamento, atrás apenas do PMDB.
Entre titulares, suplentes e licenciados, o PSD havia arrebanhado 57 deputados e dois senadores até a última segunda-feira. Um número que ainda pode crescer. Desses 59 nomes, 42 (71%) são empresários urbanos ou rurais.
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Praticamente o mesmo número atua na defesa do agronegócio, como integrantes da bancada ruralista.
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Juntos, os discípulos do prefeito de São Paulo no Congresso acumulam um patrimônio de R$ 367,6 milhões. Ou seja, embora representem apenas 8,8% dos congressistas, eles respondem por quase 20% do total de R$ 1,94 bilhão declarado em bens pelos 667 parlamentares que exerceram mandato na atual legislatura.
O PSD abriga o parlamentar mais rico de todo o Congresso, o deputado João Lyra (AL), usineiro dono de uma fortuna declarada de R$ 240,4 milhões, acusado de trabalho escravo no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Outros dois deputados do novo partido também somam mais de R$ 10 milhões em bens, Paulo Magalhães (BA) e Roberto Dorner (MT). Ao todo, 34 representantes do partido de Kassab no Congresso informaram à Justiça possuir mais de R$ 1 milhão em bens.
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