Durante entrevista no Panorama Seridó (Rádio Caicó AM) desta quarta-feira (26), o deputado federal João Maia (PR) falou pela primeira vez, sobre a escolha das obras a serem beneficiadas com sua emenda de 6 milhões de reais, destinada para o Seridó.
Marcos Dantas - Qual foi sua reação ao tomar conhecimento da escolha por duas Centrais de Abastecimentos para o Seridó?
João Maia - A emenda é da comissão, eu convenci os membros dela de que abrissem mão para eu indicar pro Seridó, já que não sabemos quando a região terá outro presidente desta comissão. Eu procurei a Adese e disse que não queria tomar uma decisão política, por isso quero mandar via Adese, com toda sua autonomia para decidir pra onde vai a emenda. Nós tivemos com o ministro Fernando Bezerra Coelho, uma técnica do ministério se reuniu com a Adese em Caicó e temos até a próxima semana para designar essa emenda. A decisão por duas Ceasas para o Seridó, é tecnicamente difícil de defender. É muito importante uma Central na região, mas ter duas não é um discurso fácil de ser fazer aqui na comissão e nem no ministério. Se essa for realmente a decisão da Adese, vou lutar por isso, mas eu achava que nós íamos na direção ou do abatedouro regional que certificasse a nossa carne, e que pudéssemos exportar a carne de sol de Caicó que é tão conhecida, ou que fossemos na direção da infraestrutrura do distrito industrial de Caicó. Mas pra mim foi uma grande surpresa que essa decisão fosse por duas Ceasas.
Então do ponto de vista de desenvolvimento regional, o ideal seria uma Ceasa e um abatedouro regional?
Eu acho que o abatedouro, pra certificar a nossa carne é fundamental para o nosso desenvolvimento, assim como o distrito industrial, coisa que eu vou trabalhar na emenda coletiva que temos na bancada a que me cabe. Eu estou sendo franco, não consigo entender como é que vamos fazer duas Ceasas e vamos abrir mão de termos um abatedouro regional. Eu digo isso com tristeza e não é pra me gabar não, mas nos próximos 50 anos possivelmente não teremos outro seridoense, presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, que geralmente é presidida por mineiros, cariocas... Não podemos tomar a decisão errada, mas como eu disse a decisão é da Adese e se acharem que é melhor esse caminho, nós vamos, mas dizer que me senti confortável com a decisão, não me senti. Coisa difícil de explicar é muito ruim de levarmos a frente, mas de qualquer maneira eu vou destinar a emenda do mesmo jeito. Eu estou no processo de gerir essa decisão. eu passei pra Adese, pra não ser uma decisão política e sim técnica. Eu vou ouvir os argumentos de Galvão para eu poder destinar para o ministério e a comissão.
Diante das reações, inclusive de alguns órgãos que se beneficiariam com o abatedouro, como os produtores comerciantes de carnes de sol, é possível dentro de um entendimento entre você e a Adese que a decisão seja revertida?
Essa decisão é da Adese, não é minha. Dei minha palavra Dom Delson e a Galvão, que esteve aqui com o ministro da Integração. Eu expliquei na semana passada pros membros da comissão o que eu ia fazer. Expliquei que seria o abatedouro e a Ceasa, eles me deram carta branca para eu fazer. A técnica do ministério já deu inclusive qual é a função programática que temos pra colocar a emenda, e isso estava mais ou menos organizado, porque era a sinalização que eu tinha. A reunião de segunda que decidiu pelas duas ceasas, pra mim foi uma grande surpresa, mas estou esperado que a Adese me enviem os argumentos necessários para que eu refaça esse percurso que eu já fiz.
fonte: Marcos Dantas
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