A audiência pública sobre o andamento das obras do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante foi aprovada pelo deputado estadual Poti Júnior (PMDB), autor da proposição. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte recebeu representantes de vários segmentos, todos com o objetivo de ver o equipamento em funcionamento.
“Alcançamos o nosso objetivo, com discussões muito objetivas e exposições importantes sobre a desapropriação de moradores, a capacitação profissional, o turismo, os acessos ao aeroporto, além do plano diretor do município. Vamos continuar vigilantes e aguardaremos agora a definição da empresa ganhadora do certame, em junho”, declarou Poti Júnior.
Após a divulgação do resultado, o consórcio vencedor terá três anos para concluir as obras do aeroporto. “Queremos ver o aeroporto funcionando em 2014 para servir a população do Rio Grande do Norte e de todo o Brasil na Copa do Mundo. Para isso, a empresa terá que acelerar o ritmo das obras”.
“O interesse deste tema vai alem do desenvolvimento de São Gonçalo, se trata de um tema fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado. E por isso temos que debater ações em relação às desapropriações e aos acessos necessários”, destacou o deputado Ricardo Motta, presidente da Assembleia Legislativa.
O representante da Infraero e engenheiro da obra do aeroporto, Ibernon Martins Gomes, levou otimismo aos que participavam do debate ao afirmar que a obra está rigorosamente em dia. “As obras estão plenamente em dia e em andamento, diferente do que se fala por aí”, afirmou. “Quero também parabenizar o deputado Poti Júnior por mais esta iniciativa em defesa desta importante obra”, completou.
A parte das obras de responsabilidade do consórcio também deve ser entregue até dezembro de 2013. Com a primeira fase da obra concluída, o aeroporto poderá receber 5 milhões de passageiros por ano - atualmente, o Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, recebe 2,5 milhões.
DESAPROPRIAÇÃO
As principais dificuldades para a realização da obra foram discutidas por técnicos de diversas secretarias. O município de São Gonçalo trabalha para remover a comunidade Padre João Maria, que fica em uma área perigosa para o funcionamento do aeroporto. Outro desafio é a desapropriação de terrenos. Um único proprietário detém 1/3 dos terrenos particulares que serão utilizados na obra.
O advogado dos proprietários lamentou o atraso nesta decisão judicial que se arrasta desde 1996. Mas destacou que as partes estão conversando para encontrar uma solução definitiva. Hoje o processo está com o Desembargador Amaury Sobrinho. O sanitarista Aldo Tinoco defendeu a transferência de potencial construtivo para solucionar a falta de dinheiro para a desapropriação. Na prática os donos de terrenos poderiam ganhar terrenos públicos em outras áreas.
Foto: Moraes Neto
* Com informações de Filipo Cunha/Assembleia Legislativa
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